#7: Você está no caminho certo?
A sensação de estar ocupada o tempo todo pode facilmente se confundir com estar avançando. Mas será que o movimento que você faz é em direção ao objetivo… ou só um vai e vem no mesmo lugar?
Olá, #interessada!
Na edição de hoje, vamos falar sobre algo essencial (e que muita gente negligencia): como saber se você está, de fato, no caminho certo.
Uma das coisas mais perigosas no empreendedorismo é o achismo.
Muitas vezes, achamos que estamos indo bem com base em recortes, memórias recentes ou pura intuição… mas será que estamos mesmo?
No trabalho, o que a gente precisa é de menos achismo — e mais dados.
No livro Avalie o que importa, John Doerr reforça a ideia de que o que não é medido, não pode ser gerenciado.
(Quem já dizia isso antes era Peter Drucker, mas Doerr nos ajuda a organizar o raciocínio sobre o que medir — e, principalmente, por que medir.)
Medir nos obriga a sair do achismo. Nos força a olhar de frente para os números, identificar padrões, investigar o que está funcionando, o que precisa de ajuste e onde estamos desperdiçando energia.
É como acender a luz num quarto escuro.
Dica de leitura:
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🎯 OKRs e KPIs: o que são?
Durante muitos anos da minha carreira no mundo corporativo — especialmente em uma multinacional alemã — o termo que eu mais ouvia era KPI (Key Performance Indicator).
Foi só no ano passado que o Andro, meu marido, me apresentou um conceito muito usado em outras grandes empresas, como Google: os OKRs.
A diferença entre eles é simples, mas importante:
OKRs (Objetivos e Resultados-chave) → Definem o que você quer alcançar (o Objetivo) e como vai medir se está chegando lá (os Resultados-chave).
KPIs (Indicadores-chave de Performance) → São os indicadores que mostram a saúde do negócio no dia a dia. Eles alimentam os OKRs e ajudam na tomada de decisão.
Uma analogia que gosto muito:
O OKR é dizer: “quero chegar no topo da montanha”.
E os KPIs são o altímetro, a bússola e o mapa que mostram onde você está e se está subindo ou descendo.
🚀 Na prática: como aplico isso na Klavis
A Klavis é uma escola online — e como toda escola, nosso combustível são as alunas.
Mas não adianta ter muitas alunas entrando pela porta da frente se outras estão saindo pela porta de trás.
Por isso, meus principais OKRs hoje estão focados em três áreas:
Crescer a base de alunas ativas, mantendo uma boa experiência dentro da comunidade.
Porque não basta vender, é preciso encantar e reter.Fortalecer a marca e o posicionamento da Klavis.
A Klavis é um projeto de longo prazo. Estar na cabeça (e no coração) do meu público-alvo é o que vai viabilizar os próximos passos.Implementar novos projetos e iniciativas que façam sentido para a “Mulher Klavis”.
Porque a Escola é só o começo. Estamos construindo um grupo, uma comunidade — e isso exige novidades, movimento, propósito.
📊 E como sei se estou indo bem nesses objetivos?
Através dos indicadores que acompanho semanalmente:
Para o objetivo 1 — Crescer a base de alunas ativas:
Novas alunas no período
Taxa de cancelamento (churn) > a Hotmart tem essa informação pronta
Participação nas aulas e nos clubes de leitura > estamos controlando com uma funcionalidade do Google Agenda
Conversão de convidadas que participam das aulas para alunas assinantes > feito manualmente
Para o objetivo 2 — Fortalecer a marca:
Crescimento de seguidoras no Instagram.
Novas inscritas na newsletter Uma Jovem Senhora.
Taxa de abertura e cliques da newsletter.
Engajamento médio nas redes sociais (curtidas, comentários, salvamentos, DMs).
Para o objetivo 3 — Implementar novos projetos:
Aqui, o acompanhamento é feito por meio de um cronograma com prazos definidos para cada projeto — e não por um KPI numérico.
Esses números me ajudam a levantar as perguntas certas:
O número de alunas está crescendo?
A taxa de cancelamento subiu ou caiu?
O crescimento da base está sendo acompanhado de engajamento real?
As convidadas que assistem às aulas estão se tornando alunas?
Os números, sozinhos, não contam a história toda.
Mas eles nos obrigam a perguntar o que precisa mudar? — e essa é uma pergunta poderosa.
A título de curiosidade….
Nos últimos trinta dias, tivemos ZERO cancelamentos por parte das alunas. Esse número é incrivelmente bom. Para um modelo de negócio como o meu, espera-se no mínimo 10% de cancelamento. Eu acredito que algumas acoes que fazemos ajudam a manter esse número excelente, mas isso é papo para outra edição.
Ps: Nesse período nós cancelamos poucas assinaturas por inadimplência, mas ainda assim é um numero tão pequeno que é irrelevante para nós no momento.
Resultados e as fases do seu negócio
É importante lembrar que cada fase de um negócio exige um tipo diferente de atenção.
Se você acabou de lançar sua consultoria de imagem, por exemplo, talvez o foco agora não seja “encher a agenda de clientes”.
Antes disso, você precisa construir autoridade, produzir conteúdo, crescer sua base de seguidores, gerar interesse e confiança.
A fase de “plantar” precisa acontecer bem feita — senão, vender vira um esforço gigantesco.
Quando o terreno está preparado, a venda acontece com muito mais fluidez.
E os indicadores que você deve acompanhar vão mudando conforme o negócio evolui:
No início, talvez o mais importante seja crescimento de audiência e engajamento.
Depois, conversão em clientes e fidelização.
A pergunta que fica é:
Você sabe qual é a fase do seu negócio agora?
E quais números realmente importam para essa fase?
E como fazer isso?
Agora que você já sabe o que precisa medir, pode estar se perguntando:
“Mas como coloco isso em prática?”
Minha sugestão é: comece simples.
Pode ser no Excel, Google Sheets ou Notion — o que funcionar melhor para você.
Hoje, eu uso o Notion, mas já estou organizando a migração para o Google Sheets. Estou em busca de maneiras de automatizar o preenchimento da tabela (falou em automação, meus olhos até brilham ✨). Prometo contar mais sobre isso quando avançar nesse processo.
Um ponto importante: você precisa ter um momento na sua semana reservado para olhar para o estratégico.
Se não fizer isso, será engolida pelas tarefas operacionais — e, como já falamos lá na edição 1, esse é um perigo real (alerta: SOS Operacional!).
Sugiro que você bloqueie um horário na sua agenda, toda semana, para:
Atualizar os números.
Analisar os resultados.
Definir se algo precisa ser ajustado nas próximas semanas.
Deixe de ser só ocupada — e passe a ser estratégica.
Diário de Bordo da Klavis
✅ O que deu certo
Lancei uma nova linha editorial no meu Instagram pessoal.
Querendo ou não, ele continua sendo a maior porta de entrada para novas alunas da Klavis — então, faz sentido cuidar bem dele.
Não posso dar muitos detalhes (misteriosa elaaaaa), mas posso dizer que cada movimento tem um “porquê”. Decidi trazer um pouco mais de “blogueiragem” para os conteúdos, pensando nos próximos passos da Klavis e da minha marca pessoal. Estou gostando… veremos os resultados nas próximas semanas.
🚧 Em andamento
Planejando a linha editorial para o TikTok.
Ainda estou definindo qual será minha estratégia por lá. Cada rede tem sua particularidade, e simplesmente replicar o que faço no Instagram não vai funcionar. Preciso sentar, estudar e estruturar.
❌ O que não deu certo
Falta de preparo para imprevistos.
Não sei se você percebeu, mas semana passada não enviei a newsletter porque minha filha ficou doente. Mesmo sendo um conteúdo gratuito, levo muito a sério os compromissos que assumo.
Caiu a ficha: sou empresária, mãe, sem rede de apoio… ou seja, sempre pode surgir um pepino.
Preciso estar mais preparada para essas situações. Na prática, isso significa deixar algumas edições da newsletter adiantadas e alguns vídeos gravados para as redes sociais.
Isso é tudo por hoje.
Na próxima edição, vou compartilhar as ferramentas que uso na Klavis — incluindo as de inteligência artificial que têm me ajudado a ganhar tempo e organizar a casa.
Até a próxima semana!
Bye, bye!
Lari
Pílula de conhecimento:
A imagem da capa de hoje foi criada com inteligencia artificial. Utilizei como base o quadro “O Retrato de uma Dama da Corte Tocando o Tambourine”, de Pierre Désiré Guillemet.
O tambourine é um instrumento musical de percussão, conhecido para nós como pandeiro. Embora hoje esteja muito associado à música brasileira (especialmente ao samba), o tambourine tem origens antigas e é encontrado em muitas culturas, como na música árabe, turca, grega e europeia em geral — onde foi um instrumento muito popular em danças e festividades.
No contexto otomano (que é o cenário da pintura), o tambourine fazia parte de apresentações musicais da corte e era frequentemente associado a danças femininas, festas e celebrações.
Achei que o Notion era a bolsa da vez! Gostaria muito de saber as vantagens de migrar para o sheets, não vou muito com a cara dele hahaha
Doida para saber mais sobre a sua automação no sheets