#11: Aula com Victor Lazarte e Henrique Dububras, Café do The News, como Lelê Burnier cresceu no TikTok e mais
Nesta edição: uma aula (de graça!) com dois jovens brasileiros que criaram empresas bilionárias, The News surfando a onda dos produtos físicos e mais
Olá, #interessada!
Chegamos a 2 mil inscritas por aqui — e me alegra ver que, sim, nós queremos falar sobre empreendedorismo.
Para comemorar, transformei o conteúdo desta edição em podcast! Já está disponível no Spotify e no YouTube (os links estão abaixo). Se você gostar, comente, compartilhe, envie para uma amiga. Isso faz toda a diferença 💛
Aproveitei para testar um novo formato: além dos bastidores da Klavis, estou trazendo também movimentos que observei no mercado e coisas que aprendi ao longo da semana — tudo com aquele olhar de quem ama aprender e empreender.
Então, puxa a cadeira, pega o café e vem comigo. Tem muita coisa boa nessa conversa.
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PARA ASSISTIR
Um dos melhores podcasts que escutei na vida!
Imagine que você se sentou à mesa com quatro pessoas interessantíssimas. De um lado, duas mulheres inteligentes, finas e elegantíssimas. Do outro, dois homens jovens e superempreendedores. É assim que começa a mágica do episódio em que Duda Nogueira e Laura Dubugras entrevistam seus maridos: Victor Lazarte e Henrique Dubugras.
Além de darem um show de simpatia (eu virei fã dos quatro!), Henrique e Victor compartilham o que pensam e fazem para construir empresas incríveis — e eles têm lugar de fala.
De acordo com as minhas pesquisas:
👨 Henrique Dubugras (26 anos)
Fundou a Pagar.me aos 16 anos, ao lado de Pedro Franceschi. A startup foi vendida para a Stone em 2016. Não encontrei os valores da operação, mas não deve ser sido pouca coisa;
Em 2017, deixou Stanford e fundou a fintech Brex, hoje avaliada em cerca de US$ 6,9 bilhões, com receita anual de cerca de US$ 500 milhões.
Aos 23, sua fortuna pessoal já rondava os US$ 430 milhões, e a empresa era avaliada em US$ 2,6 bilhões.
👨 Victor Lazarte (33–35 anos aprox.)
Co-fundador da Wildlife Studios em 2011/2010, hoje a maior empresa de jogos mobile da América Latina, com 4 bilhões de downloads
A Wildlife foi avaliada em US$ 1,3 bi em 2019, e atingiu cerca de US$ 3 bi em 2023 .
Hoje, Victor é General Partner na Benchmark, já foi investidor-anjo da Brex e participa de diversos fundos de tecnologia e IA
Você vai querer anotar frases como:
📍 “Uma boa ideia é trazer um pedacinho do futuro para o presente.”
📍 “Não adianta ser bom surfista se não tiver uma boa onda.”
É aquele tipo de conteúdo que vale mil reais — mas está disponível no YouTube, de graça.
E, por último (mas não menos importante), vale dizer que eles são, além de sócios e entrevistadores, um grupo de amigos e casais. Ou seja, além de lições sobre empreendedorismo, também dá para aprender sobre parceria, amor e amizade.
Nota? Dez mil.
Assiste e depois me conta o que achou.
CASES DA SEMANA
Relembrando a venda da Carol Bassi para grupo Arezzo
Criar uma marca de roupa dá um trabalho que, sinceramente, só quem já teve ou tem sabe exatamente o que é.
A família da Carol Bassi era dona da Guaraná Brasil, mas ela trilhou seu próprio caminho. Com o apoio do marido — que chegou a vender o carro para investir no sonho —, Carol construiu uma marca sólida, que em 2021 foi vendida para a Arezzo&Co por R$ 140 milhões, com a possibilidade de mais R$ 40 milhões, caso metas futuras sejam atingidas.
A impressão que tenho é que a venda da NV para o Grupo Soma gerou mais burburinho nas redes e no mercado. Mas a verdade é que Carol carpinou esse mato — silenciosamente, consistentemente, elegantemente.
Hoje, assim como a Nati Vozza, ela segue à frente da direção criativa da marca e se define como “CLT”. Ambas emprestam não só o nome, mas também o rosto às suas criações. E isso funciona: aproxima, humaniza, vende.
Mas… e no dia em que elas decidirem sair?
Fica a pergunta: marcas muito atreladas a uma pessoa conseguem manter o brilho?
O café do The News
Outra coisa que eu vi essa semana — e que, pra mim, foi uma tacada de mestre (ainda que já esperada) — foi o lançamento da Little Bean, a marca de café do The News.
O The News, como você talvez saiba, é um grupo de mídia que começou com uma newsletter e hoje tem podcast, programa diário e outros formatos. E agora, eles deram mais um passo: lançaram um produto físico.
A minha interpretação? É como se o The News fosse uma “celebridade”. Eles não têm um rosto definido, mas construíram uma marca tão forte e tão presente no cotidiano das pessoas que conseguem fazer o que celebridades fazem: lançar uma empresa e gerar desejo imediato.
Eles já chegam à casa de milhões de pessoas, todos os dias, às seis da manhã. Nada mais natural do que vender um produto que faz parte desse momento. E que produto é mais simbólico da manhã do que o café?
A sacada vai além. O café do The News vem com o posicionamento:
“Não precisa de açúcar.”
Então, além de ser uma jogada inteligente de expansão de marca, é também uma decisão estratégica de branding. Eles não estão vendendo só café. Estão vendendo a experiência de começar o dia do jeito The News: cedo, direto ao ponto e com personalidade.
Você já viu? Já comprou? Quero saber o que achou.
O segredo de Lelê Burnier para ter sucesso no TikTok
Outro case que eu quis trazer foi sobre a Lelê e sua estratégia no TikTok.
Não é um conteúdo novo, mas vi um post antigo dela contando algo que a gente, muitas vezes, subestima: quando decidiu entrar na plataforma, ela passou um bom tempo estudando o TikTok. Sim, ela usou essa palavra mesmo: estudando.
Se não me engano, ela começou a olhar a plataforma em 2019, mas só se posicionou com mais força em 2021. E o que me impressiona nisso tudo é que muita gente acha que sucesso no digital é sorte, é “golpe de viral”. Não é. A Lele observou, testou, ajustou. Pensou: E se eu colocar meu closet de fundo? E se a luz vier daqui? Ela foi moldando até chegar em algo que se destacasse.
Essa é a parte que a maioria não vê: o bastidor. O estudo. A estratégia. O olhar atento ao detalhe.
E isso vale pra tudo. Talvez você esteja aí, tentando produzir conteúdo, sem entender por que não engaja. E talvez seja porque você não está cuidando dos detalhes que fazem a diferença. Ou porque está copiando o que já existe — e quem fura a bolha são os originais.
O que a Lele fez é o que eu também tento aplicar. Por exemplo: todos os meus vídeos começam com “Chique é ter conhecimento” — não por acaso, mas porque sei que quem se identifica com essa frase vai continuar assistindo. É um filtro, é uma conexão.
E ela não foi a única a pensar assim. O Gabb, que estourou na internet ano passado com seu bordão “Mona, fica direita” também contou que gravou dezenas de vídeos até encontrar o formato certo.
Ou seja, não é sorte. É tentativa, erro, teste, ajuste — e muito estudo por trás. É isso que diferencia quem aparece de quem permanece.
CONCEITO DA SEMANA
Venture Capital: um jeitinho bom e arriscado de investir
Vi uma empresa essa semana e pensei: nossa, queria investir nessa ideia!
E como eu estou sempre pensando em como arrumar mais problema para minha cabeça (risos rs), cogitei criar um fundo de investimento para mulheres, ou seja, um venture capital.
Não, isso não significa que eu vá criar um fundo — mas significa que eu ando muito interessada em entender melhor esse universo. E, como você sabe, aqui eu compartilho tudo que estou aprendendo.
Talvez você já tenha ouvido esse termo, mas nunca entendeu exatamente o que é. Então vamos lá:
Venture capital, ou capital de risco, é um tipo de investimento feito em empresas (geralmente startups) com alto potencial de crescimento — mas também com alto risco. A ideia é: um fundo reúne dinheiro de investidores e aplica esse capital em empresas inovadoras, em estágios iniciais ou em fase de expansão.
E como isso funciona na prática?
Vou dar um exemplo de casa: o Andro, meu marido, tem um fundo que ele criou junto com um empreendedor chileno. Eles começaram do zero, estruturaram o fundo, captaram investidores e hoje investem principalmente em empresas ligadas à mineração. Eles definem as regras: em que tipo de empresa vão investir, quanto vão investir e em que estágio (começo, meio, escala).
É arriscado? É.
Talvez de cada cinco empresas, só uma dê certo.
Mas quando dá certo, o retorno costuma ser alto o suficiente para compensar todas as outras.
É assim que grandes empresas de tecnologia surgiram: com investimento de venture capital. O Facebook, por exemplo, teve investidores lá no comecinho que ficaram milionários quando a empresa cresceu.
Então, mesmo que você não tenha interesse em investir agora, entender como esse mecanismo funciona é ampliar seu repertório sobre negócios e inovação.
E quem sabe... um dia, a gente não volta a falar sobre isso por aqui?
🔑 Bastidores da Klavis
Muita coisa aconteceu por aqui — e eu sei que vocês adoram quando eu compartilho os bastidores da Klavis, então vamos lá:
1. Começamos a patrocinar criadoras de conteúdo.
E eu estou muito feliz com isso. A internet anda com um ranço enorme de publicidade — e eu entendo. A gente pula quando vê que é publi. Mas, sinceramente? Publicidade bem feita sustenta conteúdo bom.
Por isso, estou feliz em dizer que estamos patrocinando criadoras que eu admiro de verdade. Gente que produz conteúdo inteligente, cultural, interessante. Gente que combina com a Klavis.
As primeiras são:
✨ Livia Melina — inteligentíssima, rainha no tiktok e que dará aula na Klavis sobre Pierre Bordieur
✨ Maria Eduarda — mais xóóvem, uma fofura! Ela está principalmente no TikTok e tem tudo a ver com quem ama a Klavis.
Além da parte comercial, é também uma forma de apoiar financeiramente essas vozes para que continuem criando.
2. Estamos testando novos formatos no YouTube.
O YouTube é uma plataforma que eu gosto muito, porque é possível assistir na TV enquanto você cozinha, limpa ou vive — e mais importante: é uma plataforma que remunera os criadores a longo prazo.
Finalizamos um período de testes com o programa Plantão Klavis, nosso programa semanal ao vivo com fofocas e notícias da semana e foi muito legal.
Muita gente tem pedido vídeos com resumos de livros, outros querem mais conteúdo sobre empreendedorismo. Como eu sempre digo: a gente testa, mede e ajusta. Cada projeto é um experimento.
3. TikTok bombando.
Quando falei da Klavis no TikTok, eu tinha tinha 800 seguidores. Hoje, chegamos a 20 mil. O crescimento foi rápido. E por isso, mais uma vez, eu insisto:
👉 Não coloque todos os ovos na mesma cesta.
👉 Produza conteúdo em mais de uma plataforma.
Escolha duas que façam sentido para você: TikTok e Instagram? YouTube e Substack? O importante é diversificar e se posicionar.
4. Bolsa para mulheres negras e pardas.
Um projeto muito especial saiu do papel: criamos bolsas de estudo completas para mulheres negras e pardas. Eu percebi que esse grupo ainda era minoria dentro da Klavis — e isso não é sobre a Klavis, é sobre o Brasil. A desigualdade histórica ainda está muito presente, e a mulher negra raramente se coloca como prioridade.
Hoje, nove alunas foram selecionadas para receber um ano de acesso gratuito à Klavis — com tudo: aulas, estrutura e até os livros físicos, comprados por nós.
5. Estamos contratando!
Estou em busca do(a) primeiro(a) estagiário(a) de marketing da Klavis. Precisa ser da Baixada Santista, porque terá também atividades presenciais pontuais, como pegar o computador ou resolver algo técnico. Se você conhece alguém organizado, ligado em redes sociais e que se encaixa no nosso perfil, me manda indicação!
Quer saber o mais bonito disso tudo?
Nada disso é sorte. São pequenos passos, pequenos testes, pequenas vitórias — que somam algo grande. E eu fico feliz de dividir tudo isso com você.
Onde você pode me encontrar:
🌟Instagram pessoal - aqui
🌟Instagram da Klavis - aqui
🌟TikTok - aqui
🌟Youtube - aqui
Nos vemos na próxima edição. Será?
Bye, bye!
Lari
Lari esse novo formato ficou incrível!!!! AMEI!!!
Eu fico aqui, só sonhando com o nosso caderno da Klavis! Adorei saber de todas as novidades que estão acontecendo!
Eu amei esse formato!